A pedreira da antiga Empem está localizada na Rua Santa Luzia, 935, apesar de não existirem muitos registros a respeito desta pedreira, sabemos que sua exploração deu-se pela década de 60. Há registros de que suas rochas foram usadas para confecção de paralelepípedos, britas e outros materiais à base de pedra, que foram usados, principalmente, em obras realizadas pela Prefeitura Municipal de Pelotas e na construção civil.
Em um artigo do professor e historiador Joaquim Dias encontramos a seguinte citação: “quanto à história da pedreira, não há registros históricos nos anos iniciais de suas atividades, existem apenas lembranças de pessoas mais velhas”. O historiador destaca uma entrevista que realizou com um dos funcionários da EMPEM, onde o entrevistado disse que “a propriedade onde se encontra a pedreira era particular, seu terreno era também maior em relação a área atual. O proprietário se chamava Tito Traversse, seus investimentos na exploração de rochas nesta localidade não tiveram retorno financeiro, a consequência, devido a muitas dívidas foi a falência. Com isso, Pelotas encampou a empresa e a renomeou de Cooperativa Habitacional. Toda a produção da pedreira era destinada às obras feitas pela prefeitura de Pelotas. A partir do governo Ari Rodrigues Alcântara, a pedreira começou a ser chamada de Serviço Autônomo da Pedreira Municipal de Pelotas Ltda ou SAPEM. Em 1990, o nome definitivo de Empresa da Pedreira de Pelotas Ltda – EMPEM foi dado pelo prefeito de Pelotas Anselmo Rodrigues através da lei no 3.281. A empresa se tornou pública começou a vender para o mercado e, gerar lucros para o município de Pelotas, posteriormente”.
Em 2020, a área foi concedida, para a Prefeitura Municipal de Capão do Leão, para o desenvolvimento do turismo e lazer no município.
No topo desta pedreira está localizado um obelisco em homenagem ao término da 1ª Guerra Mundial. Também é nela que encontramos o famoso túmulo do enforcado, local que já foi muito visitado, inclusive, por pessoas de fora do município. Foi nesta pedreira que situava-se a famosa Pedra da Bandeira, formação rochosa destruída na década de 70. Atualmente, o espaço conta com duas trilhas onde são realizadas trilhas em grupo e também motocross.
Referências:
DIAS, Joaquim. A Empem e o Espaço Urbano do Capão do Leão. Professor Joaquim Dias. Capão do Leão, 19 out. 2007. Disponível em: Professor Joaquim Dias: A Empem e o Espaço Urbano do Capão do Leão . Acesso em: 27 junho 2024.